LANÇAMENTO DA CAMPANHA NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO – MPT
Na manhã desta sexta-feira (27) apresentei a solenidade de Lançamento da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. O evento foi promovido pelo Ministério Público do Trabalho e aconteceu no auditório da Procuradoria Geral do Trabalho.
Confira abaixo a matéria produzida pela Comunicação Social da PGT:
Campanha publicitária pretende conscientizar e educar empregador, trabalhador e sociedade.
O que é o trabalho escravo contemporâneo? Essa é a pergunta que norteia a Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Escravo do Ministério Público do Trabalho (MPT), lançada nesta sexta-feira (27), em Brasília.
Muitos pensam que esse tipo de afronta à dignidade humana é só encontrada no campo mas, pesquisas atuais revelam, que essa irregularidade trabalhista migrou para as empresas, para cidades e para a construção civil, no geral, no momento de instalação para o início das obras, como é o caso das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. A prática fere os direitos humanos.
“A Campanha visa promover a educação e a conscientização do empregador, trabalhador e da sociedade”, explica a Procuradora do Trabalho, Débora Tito Farias, coordenadora nacional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do MPT (Conaete), referindo-se ao propósito da ação.
A primeira campanha publicitária do MPT desconstrói a ideia de que trabalho escravo é algo distante e só acontece no meio rural. Os spots de rádio e os VT’s televisivos, lançados durante o evento e que serão divulgados amplamente durante o ano, alertam também para condições análogas ao trabalho escravo no meio urbano, em geral nas indústrias de confecção têxtil. “O trabalho escravo não está distante. Ele pode ser o que nós, como consumidores usufruímos”, afirmou o procurador-geral do Trabalho, Otavio Brito Lopes, exemplificando que às vezes consumimos produtos de empresas que não zelam pela proteção de direitos dos trabalhadores.
Outro ganho relevante da campanha foi a definição do que vem a ser condições degradantes de trabalho e jornada de trabalho extenuante, conceitos até então julgados como sendo vagos e que serviam como respaldo para empregadores justificarem a adoção de regime de trabalho escravo. “A partir de agora, nós temos um start do MPT no combate à erradicação do trabalho escravo”, afirmou a Procuradora do Trabalho, Paula de Ávila Nunes, vice-coordenadora nacional da Conaete.
No Brasil, cerca de 20 mil trabalhadores estão em situação de trabalho escravo. Com a Campanha, o MPT pretende oferecer capacitação e ressocializar esses trabalhadores.